G2 - WristCtrl, um contole remoto universal
Existem certos objetos do nosso dia a dia que todo vez que eu uso me pergunto "essa não pode ser a melhor maneira de fazer isso", interfaces físicas datadas são a maldição de todo tecnófilo. E é por isso que hoje, como proposta de trabalho final dessa disciplina, eu vou falar sobre algo que detesto: controles remotos. Sim, aquele retângulo cheio de botões emborrachados que está sempre perdido entre as almofadas do sofá (algo que acontece tão frequentemente aqui em casa que chego a me perguntar se realmente moro sozinho...)
Primeiro, preciso falar um pouco sobre a tecnologia por trás do fatídico aparelho. Um controle remoto é essencialmente, uma lanterna superestimada. Isso mesmo, inclusive, os primeiros controles remotos eram literalmente isso, o usuário jogava luz sobre sensores na frente do televisor para executar comandos simples. Hoje em dia, os controle utilizam um LED infravermelho, que pisca uma sequência binária correspondente a cada clique de um botão e manda esse código na velocidade da luz para ser interpretado pela TV. Esse sistema, que quase não sofreu alterações desde a década de 70, apresenta alguns problemas, o principal sendo a necessidade de um campo de visão livre de obstruções para funcionar.
Algumas TVs atuais possuem controles com sistemas parecidos ao controle do Wii, que funcionam como pointers, outros reconhecem os próprios movimentos do telespectador, como um Kinect. Já alguns aparelhos, como o FireTV da Amazon, permitem que sua televisão seja controlada por comandos de voz. Todas essas opções são significativamente melhores que o antiquado telecomando, mas também apresentam suas falhas.
Foi a partir disso que idealizei um aparelho minimalista que faz o usuário se sentir como um mago do universo do Doutor Estranho. WristCtrl foi pensado para estar sempre à sua mão, ou melhor, um pouco antes dela: no seu pulso.
Mas como ele funcionaria? Com uma tecnologia similar ao dessa prótese, carinhosamente batizada de "Skywalker Hand", em homenagem ao personagem da saga de Star Wars.
Como explica o Dr. Gil Weinberg, diretor e fundador da Georgia Tech Center for Music Technology, a prótese utiliza ultrassom (ondas sonoras de altíssima frequência) para visualizar os músculos remanescentes do braço de Jason Barnes que é identificado somente como "amputado" no vídeo, um absurdo. A difereça é que não seria necessário decepar um membro para controlar sua TV, o bracelete iria ler os micro-movimentos do seu antebraço para determinar o que sua mão está fazendo, e dessa forma interpretar os comandos que você gostaria que sua TV executasse.
Isto é um smartwatch que apresenta um visual similar ao desejado |
E como seriam esses movimentos? Bem, minhas inspiração vem do instrumento mais sci-fi que existe, o Theremin, cujo nome real é etherphone, mas ficou conhecido na história pelo nome de seu inventor, Leon Theremin. O instrumento nada mais é do que um grande transistor, que utiliza ondas eletromagnéticas para gerar um tom musical, o mais interessante é que o formato da mão do theremista(?) define que nota será emitida pelo instrumento.
Porém as possibilidades de movimentos seriam maiores com um sistema de ultrassom, por possuir maior precisão. E todos esses gestos poderiam ser programados pelo usuário para se adequar à amplitude de movimento de cada um. Idealmente, WristCtrl também poderia ser compatível com outros aparelhos, tornando obsoleto outros controladores remotos. Esse sistema poderia também ser acoplado à algum smartwatch, trazendo novas maneiras de interagir com o aparelho sem a necessidade de uma tela touch. O uso de gestual ainda é pouco explorado como controlador de interfaces, mas ser capaz de mudar de canal ou almentar o volume de um aparelho com um simples petelco, é uma ideia atraente.
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